Publicado em: 13/11/2021

Nota de esclarecimento Elektro

A diretoria da APRI vem através deste esclarecer algumas dúvidas referentes à prestação de serviços da Elektro.

Primeiramente precisamos esclarecer que a APRI não tem nenhuma relação com a Elektro, a associação é apenas mais um cliente da companhia fornecedora de energia elétrica, isto colocado, esclarecemos que a APRI passa pelos mesmos problemas que todos os associados estão passando, e de forma alguma a Associação permanece inerte perante a situação. Somente nos últimos meses, foram abertos diversos protocolos de reclamação e pedidos de providências na companhia, que surtiram algum efeito. No decorrer deste texto vamos falar sobre a rede interna de distribuição, e vamos tentar esclarecer a fórmula de cobrança praticada pela distribuidora, que cobra pela média de consumo em nosso residencial.

 

Histórico recente das solicitações:

- Agosto: foram abertos nove protocolos junto à companhia, que permaneceu inerte e nada fez para corrigir alguns defeitos da rede apontados pela APRI, incluindo um problema recorrente no módulo 2, onde uma fase sofria queda de energia frequentemente.

- Setembro: tendo em vista a inércia da empresa, a APRI por diversos dias tentou protocolar um ofício na sede da empresa, sem sucesso, até que foi orientada no dia 21/09 a enviar por e-mail; no dia 23/09 foi acusado o recebimento, e um retorno seria dado posteriormente, mas de concreto a empresa não realizou nenhuma ação no decorrer do mês.

 - Outubro: os problemas somente se agravaram, e o módulo 1 e 2 chegaram a ficar sem energia por 8 horas consecutivas, além de inúmeros picos de energia e interrupções.

- Novembro: novamente a APRI enviou um ofício para a Elektro relatando a sua insatisfação e incluiu todos os protocolos abertos em outubro e início de novembro; novamente a Elektro somente acusou o recebimento.

 

Diante da situação, foi aberto um protocolo de ouvidoria junto à ELEKTRO, de nº 0197107147, no dia 03/11/21, no mesmo dia compareceu um caminhão da companhia para substituir três canaletas na rua Guapuruvu, os prestadores de serviços da Elektro alegaram que esse procedimento iria diminuir as oscilações e quedas de energia nos módulos 1 e 2.

Após a referida intervenção realmente não foi identificada mais nenhuma queda de fornecimento e oscilações de energia.

Frisamos que esse é apenas o histórico recente da atuação da APRI junto à fornecedora de energia, a Associação sempre procurou intervir para que os serviços prestados pela Elektro estivessem à altura da cobrança tarifária realizada pela empresa, mas como deve ser de conhecimento de todos, não só a Reserva Ibirapitanga e seu entorno sofrem com as mazelas da Elektro, nas cidades vizinhas, e podemos citar Arujá, alguns bairros já chegaram a ficar 48 horas sem luz recentemente.

Para agravar a situação, estamos inseridos em uma zona predominantemente rural e a rede de fornecimento margeia muitas áreas de mata que acabam interferindo na rede elétrica. É necessário ter em mente que ao se estabelecer em uma região deste perfil os riscos com apagões são consideravelmente maiores, mas deixamos claro que a APRI sempre atuou e continuará atuando para que tenhamos um serviço digno na Reserva Ibirapitanga, inclusive na última AGO foi criada uma comissão para trabalhar junto à Elektro, visando mapear internamente e pleitear junto ao fornecedor a melhoria dos serviços. Quem quiser participar da comissão basta solicitar para a secretaria da APRI.

Outra questão importante colocada no início do texto é: assim como a APRI é uma cliente da Elektro e pode fazer reclamações e solicitações junto à distribuidora, qualquer associado pode e deve fazer o mesmo, quanto maior o número de reclamações e solicitações maior vai ser a obrigação da empresa em fazer os reparos necessários.

 

Sobre a rede interna do Ibirapitanga

Temos duas redes internas no residencial, uma delas fornece energia ao módulo 1 e 2 e outra que recentemente foi energizada fornece energia ao módulo 3, via de regra a rede fornecedora de energia aos módulos 1 e 2 sofrem mais oscilações e interrupções, justamente por conta da idade da própria rede. O módulo 3 tem enfrentado menos problemas, já que sua rede de abastecimento é bem recente.

Aproveitamos para esclarecer ainda que as quedas e oscilações de energia no módulo 1 e 2 não têm correlação com a implementação do módulo 3, pois as redes de fornecimento são distintas, as oscilações e quedas estão relacionadas aos problemas na rede de distribuição do módulo 1 e 2, que a Elektro insiste em não realizar a manutenção necessária.

 

Cobrança pela média

No residencial, a Elektro faz a leitura dos relógios a cada três meses, ou seja, em dois meses a cobrança é feita pela média do consumo, exceto os consumidores que têm energia solar instalada em suas residências e algumas outras exceções, mas via de regra a leitura é realizada a cada três meses.

Isso posto, é importante esclarecer que não há nada de errado no faturamento por média. Ele é previsto no artigo 87 da resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica, norma que rege o setor elétrico.

Mas é justamente dessa forma de cobrança que residem as reclamações: quando a leitura finalmente ocorre, costuma trazer acumuladas as diferenças de cada mês em que não houve a leitura, sendo cobrado de uma única vez na conta subsequente. E o valor pode ser consideravelmente bem maior. Considere uma situação em que um consumidor tem uma conta média de R$ 400,00 e a última leitura foi em junho, e por um motivo qualquer ele aumentou o seu consumo nos meses de julho e agosto em 50%, visitas em casa, obras ou qualquer outro motivo, mesmo assim ele irá receber em julho e agosto uma cobrança dos mesmos R$ 400,00, mas no mês de setembro, quando a distribuidora voltar para fazer a leitura do relógio irá constatar que naqueles dois meses o consumo foi maior que a média, e irá fazer a cobrança de uma única vez na próxima fatura, como o consumo foi 50% maior nos dois meses, a conta saltará dos R$ 400,00 para R$ 800,00.

O inverso também pode acontecer, o consumo nos meses sem leitura ser abaixo da média, gerando um crédito para o consumidor, que reduzirá o valor da próxima conta de energia.

Os números acima são apenas hipotéticos e visam explicar de maneira mais simples possível o modelo de cobrança praticado no Ibirapitanga.

Todos os associados que se sentirem lesados podem e devem procurar os canais da Elektro, ou outro que achar pertinente para fazer a sua reclamação.

Para evitar a cobrança pela média cada unidade consumidora pode fazer a autoleitura, mais informações no site ou app da Elektro.