Publicado em: 23/10/2012
Fauna: novas espécies em Ibirapitanga
01/09/2010
Fauna: novas espécies em Ibirapitanga
Foram divulgados os resultados do primeiro semestre do Monitoramento da Fauna Silvestre que está sendo realizado em Ibirapitanga.
Iniciado em outubro de 2009, o estudo, feito pela Dorothea Pereira Consultoria Ambiental, registrou 67 espécies que não constam nas listas anteriores: são 9 de anfíbios, 5 de répteis, 45 de aves e 4 de mamíferos. Ao todo, portanto, já é confirmada oficialmente a presença de 275 espécies da fauna silvestre na Reserva Ibirapitanga, muitas delas em perigo de extinção.
Neste primeiro semestre, a atenção esteve voltada aos mamíferos e às aves. Foram mais de 96 horas de visitas em campo para observação direta, além da instalação de equipamentos de registro visual. Para atrair os animais às “armadilhas fotográficas”, foram utilizadas cevas preparadas com frutas, mel, sementes, coração e sangue de boi congelados.
A bióloga Giselda Person, integrante da equipe que realiza o Monitoramento, chegou a avistar uma onça parda fêmea perto do Lago e que já havia sido registrada em fotos noturnas. “A onça veio andando tranquilamente, deu três passadas e saltou para o meio da mata”, conta. Isso comprova que o animal tem moradia na Reserva e sua presença garante o controle da população de capivaras. “Onças de matas são menores do que as do Pantanal, por exemplo. Por possuírem menores áreas abertas, o que dificulta a corrida, não há tanto desenvolvimento muscular”, explica. Ao avistar uma espécie, deve-se tomar posição de autoridade e bater palmas e fazer barulho para assustar o animal. Não é aconselhado correr ou agachar.
Outra constatação da pesquisa foi a presença de bandos de cães selvagens na região, que representam maior perigo. Ao serem abandonados ou perdidos, estes animais se juntam e vivem nas matas, apresentando comportamento feroz. “Nossa orientação é que sejam caçados, aprisionados e sacrificados por um veterinário, uma vez que não podem mais voltar a ser domesticados”, afirma Giselda. “São animais predadores que atacam humanos e outros animais”.
No segundo semestre do Monitoramento, já em andamento e com previsão de encerramento em outubro, a ênfase será a observação de morcegos, répteis e anfíbios, com a preparação de armadilhas especiais para as diferentes espécies. A expectativa é que o número de espécies das listas cresça ainda mais.