No último dia 13 de abril foi realizada a Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Ibirapitanga. O encontro teve início na segunda chamada, às 9h, pois às 8h30 não havia o quórum mínimo necessário para o início dos trabalhos.

Logo no começo da reunião, a Diretoria surpreendeu aos associados presentes com o anúncio de duas resoluções adotadas pelos diretores. Uma delas é que todos os diretores abriram mão da isenção do pagamento da taxa de investimento, sendo assim, cada um contribuirá com sua cota de investimento aprovada na AGO, assim como qualquer outro associado. Essa isenção está prevista no estatuto da APRI e, pela primeira vez, uma Diretoria abre mão desse benefício. 
Em outra decisão tomada pela Diretoria, nenhum diretor exerceu o seu poder de voto sobre os assuntos que estavam na pauta para serem deliberados, deixando a cargo da assembleia a tomada de decisão. Coube exclusivamente a assembleia deliberar sobre a prestação de contas, a pesca no lago, sobre os animais remanescentes de rua e os recursos interpostos pelos associados em virtude de multas.
“Essa tomada de decisão mostra o comprometimento da atual diretoria, dando a sua cota de contribuição nos investimentos e democraticamente deixando apenas a cargo da assembleia o poder de decisão do futuro do Ibirapitanga. Cabe a nós Diretoria, cumprir com a vontade dos associados presentes nessa assembleia”, explica Rose Yamamoto, presidente da APRI.

Prestação de contas, deliberação, investimentos e nova taxa

O diretor Tesoureiro, Joaquim Pinto, prestou todos os esclarecimentos sobre às contas de janeiro a dezembro de 2018. Em seguida foi apresentado o relatório de atividades da APRI dessa gestão, assim como o parecer do Conselho Fiscal. Colocado em deliberação, a prestação de contas foi aprovada.
No que diz respeito ao Plano Orçamentário para o próximo exercício, item “C” do edital, coube também ao diretor Tesoureiro explicar sobre a composição da taxa ordinária. Um dos itens mais importantes foi a inclusão de quatro funcionários no quadro da APRI sendo dois vigilantes, um coordenador para o Departamento de Obras e Manutenção, e um coordenador para o Meio Ambiente, os quais atenderão à demanda existente na Associação. 
Após todos os esclarecimentos, a taxa ordinária foi aprovada passando então para a pauta sobre investimentos.
Antes da votação, todos os investimentos  foram apresentados e explicados aos associados, expondo as necessidades e o que estava previsto para ser feito em cada item.
Dois itens discutidos foram propostos por associados: a pesca no lago e a geração de energia solar, os quais foram apreciados pelos presentes na assembleia. 

Pesca no lago

O item proposto por associado foi levado para deliberação em assembleia e foi amplamente discutido. A Diretoria esclareceu que até a presente data não existia nenhum impedimento legal para que o assuntos não fosse debatido em assembleia. Informou ainda que, mesmo que o item fosse aprovado em assembleia, ainda dependeria de um parecer favorável da empresa contratada para realização dos estudos sobre a qualidade da água e ictiofauna (estudo dos peixes). Os associados puderam expor suas preocupações, opiniões favoráveis ou contrárias para a tomada de decisão pelos ali presentes e, ao final, a assembleia votou pela não liberação da pesca.

Usina Solar

Sobre a geração de energia solar, inicialmente a proposta previa a construção isolada na sede da APRI, mas, como já havia um projeto da Diretoria em andamento, a sugestão foi reformulada para a criação de uma usina solar.
A construção isolada não foi indicada pelos fornecedores que estiveram no Ibirapitanga em razão do melhor aproveitamento da luz solar.
A usina solar terá capacidade de 9.800 kWh, num investimento total de R$ 453.600,00. Ela suprirá toda a demanda por energia das áreas comuns da APRI, ETA (Estação de Tratamento de Água) e outras instalações da associação.
O valor de contribuição prevista para cada associado será de R$ 30,16 nos primeiros 12 meses e, do 13º até o 48º mês, a contribuição prevista é de R$ 2,86. Após o 49º mês a usina solar começará a gerar uma economia estimada de R$ 11,13, para cada associado. 
O projeto foi aprovado ficando definido em assembleia que os valores podem variar em até 10% do aprovado sem a necessidade de nova convocação para ratificar o gasto extra.
Para que seja viabilizado o investimento e o projeto se torne realidade, a Diretoria iniciará agora o processo de financiamento da obra. Após a aprovação do financiamento é que o valor do investimento passará a ser lançado na taxa associativa.

Investimentos aprovados

Foram apresentados investimentos em todas às áreas do Ibirapitanga, sendo que os itens aprovados foram:

- Aquisição de uma motocicleta para a SORI (Segurança Orgânica de Ibirapitanga);
- Equipamentos de segurança para os novos vigilantes que serão contratados;
- Construção de vestiário para práticas esportivas;
- Aquisição de dois tratores cortadores de grama e um cortador de grama flutuante;
- Construção de um novo extravasor para o lago;
- Usina solar.

A motocicleta e os equipamentos de segurança fazem parte do pacote para a contratação dos dois novos vigilantes que irão integrar o quadro da SORI, medida que se faz necessária para atender à atual demanda do Ibirapitanga.
O vestiário para práticas esportivas que será construído, tornará viável a reforma do atual banheiro da sede social, tornando ele acessível à portadores de necessidades especiais. Essa adequação atende inclusive o acordo homologado judicialmente onde a APRI recebeu em 2016 um valor de R$ 10 mil para a execução dessa obra, mas que até o presente momento não havia sido realizada.
Já a mecanização do corte de grama visa nesse primeiro momento não aumentar o quadro de colaboradores tornando a execução do trabalho mais eficiente.
O novo extravasor que deverá ser construído será para manter o nível do lago em uma altura mais elevada, tornando a paisagem mais agradável. Hoje, com a estrutura existente, o lago tem que permanecer abaixo no nível que todos estão habituados por motivos de segurança.
Logo após a deliberação dos investimentos, entrou em discussão a questão dos animais remanescentes no Ibirapitanga. Foi definido que todos os animais remanescentes encontrados na rua devem ser acolhidos pela ONG 100% Vira Lata.
Ainda em assembleia foi apresentada uma agenda dos trabalhos para a nova comissão que atuará na alteração do Estatuto e do Regulamento. Os associados têm até as 18h do dia 30 de abril, para mandar um e-mail para secretaria@ibirapitanga.com demostrando interesse em participar da comissão.
Finalizando os trabalhos ainda foram apreciados os recursos de dois associados, referente à multas. Um dos recursos foi aceito pela assembleia, e a multa será devolvida ao associado inclusive com correção monetária o outro foi negado.
A assembleia transcorreu de maneira tranquila durante todo o período e ao final ficou estabelecido uma taxa ordinária com reajuste negativo de 2%, ficando em R$ 659,00 para os módulos 1 e 2 e de R$ 676,00 para o módulo 3. Essa diferença decorreu devido a devolução de R$ 146.209,05 da sobra de investimentos já encerrados, onde apenas os módulos 1 e 2 contribuíram para a composição desse montante. Já os investimentos atuais, serão lançados na próxima taxa, e são da ordem de R$ 36,00 para cada associado, portanto, a taxa associativa do mês de maio será de R$ 695,00 para os módulos 1 e 2 e de R$ 712,00 para o módulo 3.
O valor do investimento da Usina Solar será somado à taxa assim que todo o processo de financiamento for aprovado, conforme mencionado anteriormente na matéria.
Finalizando os trabalhos, a presidente da APRI agradeceu a presença de todos os presentes e fez um agradecimento especial aos colaboradores da associação, elencando que os mesmos foram de fundamental importância para que os trabalhos desenvolvidos durante esses dez meses de gestão transcorressem de maneira adequada e satisfatória.

A cobertura completa da AGO estará na próxima edição da Sauá.

 

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