Publicado em: 21/05/2013
Compostagem em casa
21/05/2013
Compostagem em casa
Conheça as composteiras domésticas e saiba como elas podem ser uma solução prática para colaborar com o meio ambiente
A natureza sempre foi primorosa em seus ciclos: nada que é produzido por ela escapa de um perfeito reaproveitamento de nutrientes, que garante a continuidade da vida na Terra.
Quando o homem se deparou com a sua própria geração de resíduos, estava lançado o desafio: como descartar corretamente tudo o que sobra, sem impactar o meio ambiente?
Para muitos materiais, a resposta se encontra na reciclagem. Mas, e o que é orgânico? O que fazer com toneladas e toneladas de restos de comida?
Compostagem é a resposta. O que a natureza faz há milênios por meio de seus micro-organismos decompositores foi copiado pelos chineses há mais de 5 mil anos e permanece sendo praticada com sucesso até hoje. Basicamente, o processo se realiza com o acondicionamento correto do lixo orgânico, de forma que ele possa transformar-se em adubo e retorne à terra, de onde saiu.
As composteiras podem ser confeccionadas artesanalmente em madeira, arame, blocos de concreto ou, no caso de composteiras comerciais, em PVC. Essas últimas são muito procuradas, principalmente pela praticidade. Conhecidas como composteiras domésticas, apresentam-se como uma boa solução para quem mora em apartamentos ou deseja praticar a compostagem de forma mais limpa e prática.
Esses equipamentos também são conhecidos como minhocários. São compostos por três caixas plásticas: as duas de cima (caixas digestoras) contém terra e as minhocas, responsáveis pelo processo. No terceiro e último andar (caixa
coletora) fica o biofertilizante, uma espécie de ³chorume bom², que pode ser borrifado em plantas. As sobras de comida e outros materiais orgânicos são colocados no compartimento superior e sempre cobertos com serragem ou palha.
Quando esse compartimento fica cheio (em média 30 dias ) troca-se de posição com o segundo andar. E, após mais 30 dias, o húmus está pronto para ser selecionado e utilizado como adubo.
Vale lembrar que há restrições para alguns tipos de resíduo que não favorecem a digestão realizada pelas minhocas, como por exemplo carnes, laticínios, óleos, gorduras, excesso de sal e de frutas cítricas.
³A ideia é reduzir o impacto ambiental do lixo que não tem destino correto, diminuindo a pegada no ambiente urbano, sem causar desconforto², explica Clarissa Alminhana, bióloga e consultora de vendas da Morada da Floresta.
³Ter uma composteira é adquirir um novo hábito, uma nova visão². Clarissa conta que a mudança vai muito além e envolve até mesmo uma reflexão sobre os hábitos alimentares: quanto mais diversificados são os resíduos, mais rica é a compostagem e maior é a qualidade do adubo.