Por Ana Vasconcelos

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Com o objetivo de aproximar o comando da Polícia Ambiental (PAmb) dos gestores de RPPNs do Estado de São Paulo, foi realizada ontem (16/4) em Reserva Ibirapitanga a 1ª Oficina do Sistema Integrado de Monitoramento das Unidades de Conservação – SIM.

O evento reuniu representantes do Comando da Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, da Frepesp (Federação das Reservas Ecológicas do Estado de São Paulo), da Fundação Florestal e gestores de 10 RPPNs da região que compreende litoral norte e Vale do Paraíba. No período da manhã, houve apresentação das entidades participantes.

“Esse evento é muito valioso para nos aproximar do poder público, principalmente dos comandantes da PAmb, que fazem a segurança e fiscalização da nossa RPPN Rio dos Pilões”, explica Wladimir Lemos, presidente da Apri.

Segundo o major Marcos de Castro Simanovic, do Comando de Policiamento Ambiental do Estado de São Paulo, estar em contato com as RPPNs é muito importante para a proteção local. “Temos a missão de proteger o meio ambiente, de forma preventiva ou até mesmo repressiva, quando necessário. A partir do momento em que o comandante de policiamento local conhece o RPPNista, e vice-versa, o gestor da RPPN saberá como nos acionar de uma maneira mais adequada e irá contribuir para evitar infrações ambientais”, afirma.

O Comando de Policiamento Ambiental fiscaliza crimes ambientais, como caça, pesca de animais silvestres e armamentos para este fim, retirada ilegal de madeira, palmito, supressão de mata atlântica, soltura de balões de fogo, entre outros.

 

Plano de proteção e fiscalização

No período da tarde, gestores de RPPNs receberam uma cartilha com um mapa de suas reservas. No documento, fizeram um diagnóstico dos principais problemas ambientais da sua RPPN.

Esses dados vão integrar o Sistema Integrado de Monitoramento das Unidades de Conservação – SIM e farão parte da rotina de fiscalização da PAmb. “Passaremos a ter informações periódicas para avaliar os vetores de pressão nas RPPNs”, afirma Flávio Ojidos, conselheiro da Frepesp. “Ao final da oficina, teremos um plano de proteção e fiscalização das RPPNs, ainda que preliminar.”

Flávio ressalta o ineditismo dessa ação em parceria com órgãos ambientais. “Estou na vice-presidência da Confederação Nacional de RPPNs e vemos a dificuldade de ter apoio formal, como o que tivemos aqui, com a Polícia Ambiental e com a Secretaria de Meio Ambiente. Com certeza esta ação irá repercutir em outros Estados pelo Brasil afora”, diz.

 

Rio dos Pilões

A Rio dos Pilões é uma das 77 RPPNs (Reservas Privadas do Patrimônio Natural) do Estado de São Paulo. Ao adquirir um terreno na Reserva Ibirapitanga, o proprietário de um lote residencial de 1 mil m², por exemplo, se torna sócio e corresponsável por área de 4 mil m² da RPPN Rio dos Pilões e pela proteção integral e perpétua da flora, da fauna, dos solos e dos recursos hídricos abrigados pela Reserva, cuja administração é de responsabilidade da Associação dos Proprietários em Reserva Ibirapitanga – Apri.